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O que os pais podem fazer para aumentar a sua participação na vida dos filhos? Entrevistamos três especialistas para responder a essa pergunta.

"Na brincadeira, o pai tem uma excelente oportunidade de conhecer seu filho", explica Cristiano Gomes, professor da Faculdade de Psicologia da UFMG
Leia a seguir cinco dicas para pais que querem assumir plenamente seu papel na vida e na Educação dos filhos.


1. "Faça o que eu digo - e também o que eu faço"
É aquela velha - mas não antiquada - ideia de que uma pessoa aprende e é educada através do exemplo. Como resume Joaquim Ramos, mestre em Educação pela PUC-Minas: "Uma criança aprende coisas boas e úteis tanto quanto ruins e destrutivas dependendo do exemplo que presencia e do ambiente em que vive".
2. Reserve tempo para brincar
A brincadeira é essencial na formação da criança, dentro e fora da escola, pois está diretamente associada ao crescimento e ao desenvolvimento infantil.
"Na brincadeira, o pai tem uma excelente oportunidade de conhecer seu filho. Saber se ele é mais impulsivo, mais paciente, mais reflexivo, como ele reage ao perder e ganhar, como ele pensa diante de um desafio", explica Cristiano Gomes, professor da Faculdade de Psicologia da UFMG.
3. Seja presente e disponível
"Não é tanto o que você faz, não é a ação em si o mais importante, mas sim o dizer ?estou aqui para você?. É preciso escutar a criança, considerar o que ela diz.
Acontece muito de os pais fazerem demais, mas, quando o filho realmente precisa, eles estão sempre ocupados, nunca podem atendê-lo", diz a professora da Faculdade de Educação da UFMG Maria Inês Goulart. Isto se torna mais natural quando os pais veem a criança como alguém potente, pleno, e não como alguém que ainda-vai-ser-algo, um ser incompleto.
"É preciso entender que as crianças estão sempre na tentativa de dar um sentido e significado para suas vidas."
4. Dê espaço ao diálogo e à diferença
Dialogar é importante não apenas na relação entre pais e filhos, mas também entre o casal. Em casa, é bom que o pai tenha a mesma autoridade que a mãe.
"A imposição de regras não deve ser exclusivamente responsabilidade do pai. Isso é um resquício de uma cultura patriarcal que coloca a mulher como submissa e inferior ao homem", diz Cristiano Gomes, professor da Faculdade de Psicologia da UFMG.
Joaquim Ramos concorda com ele quando diz que "se o pai dá uma ordem e a mãe dá outra, a criança fica entre os dois sem saber a quem obedecer. Deve haver espaço para a interlocução e para a diferença na esfera familiar - senão não se educa, se confunde".
5. Demonstre carinho por seu filho
É função tanto do pai quanto da mãe dar espaço ao contato corporal, ao carinho, ao abraço, ao beijo, ao toque, demonstrar o afeto e o amor, dizer que está disponível e criar um ambiente gostoso em casa. "A forma com que os pais fazem isso pode ser diferente, mas precisa ser valorizada", diz a professora da Faculdade de Educação da UFMG Maria Inês Goulart. Cristiano Gomes acrescenta: "A diferença do toque é legal, a ausência dele é que é ruim. Assim, o filho pode ter a experiência de dois tipos de toque ao invés de apenas um. Estabelecer contato físico é papel do pai e da mãe".
Meghie Rodrigues

Fonte: educarparacrescer.abril.com.br

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