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Quem nunca sonhou em passar o inverno em um clima aconchegante em frente a uma lareira? Esta opção está se tornando cada vez mais presente tanto em projetos de decoração de residências quanto em apartamentos. Além de proporcionar um ar sofisticado para o ambiente, as lareiras podem ainda valorizar a decoração e o preço do imóvel, na opinião de arquitetos.

Atualmente, o consumidor pode encontrar modelos de lareiras convencionais (a lenha), elétricas (aquecedor) e a gás. Todas as opções são indicadas para salas ou dormitórios. Entretanto, os especialistas alertam que antes de realizar a instalação, o morador deve tomar alguns cuidados.





A primeira preocupação deve ser com a chaminé, que exige uma tubulação adequada para que a fumaça não invada o ambiente. “A chaminé tem de ficar alta, senão ocorre o mesmo problema de churrasqueiras, quando a fumaça entra dentro de casa”, afirma a arquiteta Glaucya Taraskevicius, de Santo André. Segundo a profissional, os brasileiros não possuem “a cultura do frio” e muitas das lareiras construídas acabam se tornando um adorno na residência. “Por isso, a melhor opção é a lareira elétrica, que também oferece praticidade na hora da limpeza”, revela Glaucya.

Atualmente, mesmo as residências que não possuem uma boa estrutura para a instalação de dutos para a exaustão da fumaça podem ser equipadas com uma lareira. Kits elétricos ou a gás são boas alternativas de aquecimento do ambiente escolhido. Sem precisar de chaminé, os modelos elétricos não possuem fogo e funcionam como aquecedores. “Todo mundo está optando pelo modelo a gás, em que você acende o fogo e não tem fumaça. É igual a um fogão, mas com todo o aspecto de lareira. O único problema é levar um ponto de gás até o local”, adverte o arquiteto Carlos Massi, de Ribeirão Pires.

O profissional revela que é necessário colocar o produto em um ambiente que possua uma boa ventilação e recomenda cuidado com a distância em relação a outros móveis do cômodo. “No mínimo, é necessário dois metros de distância de qualquer objeto.”

Para construir uma lareira, o morador poderá contratar um pedreiro ou comprar um modelo pré-fabricado. Nesse último caso, as lareiras são feitas em chapa de aço galvanizado ou em concreto refratário. A diferença está no preço e na montagem.

Os modelos de concreto custam menos e os de chapa de aço são mais leves e vêm com uma estrutura metálica pronta. As lareiras pré-fabricadas podem ser encontradas na versão tradicional, para ser revestida com alvenaria, e no modelo de uso aparente, no qual é necessário quebrar as paredes e furar o teto para a construção de um duto.

Para um acabamento mais clássico, Patrícia Vezzaro, proprietária da Vezzaro Mármores, aconselha a utilização do mármore Marrom Imperial, Verde Alpi e o Travertino Romano. Para Patrícia, o acabamento escolhido pelo morador é o que proporcionará estilo para o projeto. “Os granitos não são tão usados. A procura maior é pelo mármore”, garante.

MODELOS PRÉ-FABRICADOS SÃO MAIS VENDIDOS

De acordo com lojistas, os modelos pré-fabricados de lareiras são os mais comercializados devido à facilidade de montagem e colocação nos ambientes, já que muitos dispensam a construção de uma chaminé. De acordo com Sérgio Luiz Cassab, gerente geral da Construflama, loja especializada em lareiras há 25 anos, os modelos a gás ganharam maior “simpatia” dos consumidores há apenas dois anos

Na Construflama, é possível encontrar cinco tamanhos de lareiras pré-fabricadas, com preços que variam entre R$ 1.150 e R$ 1.820. Os modelos a gás variam de R$ 2,5 mil a R$ 3 mil. Nestes valores não estão inclusos os gastos com o acabamento, que variam em cada obra realizada.

“Os modelos a gás são muito utilizados em apartamentos”, afirma Maria José Czimmermann, diretora comercial da Bella Telha, de Mauá. A loja especializada em lareiras, que está registrando um aumento na procura do produto devido à proximidade do inverno, dispõe de kits a gás que custam desde R$ 800 até R$ 5 mil.

Segundo a diretora comercial, as opções de lareira a lenha variam de R$ 1,2 mil a R$ 2 mil. “Os gastos restantes ficam por conta do acabamento”, diz Maria José. O morador poderá optar pelo acabamento de tijolinho, que não embutirá gastos adicionais, ou ainda de reboque, que possui preço acessível.

Independentemente do preço, a lareira deve ter uma câmara de fogo – onde se coloca a lenha – com plaquetas refratárias e fundo levemente inclinado para frente, o que garantirá que o calor fique no ambiente por mais tempo e não escape pela chaminé.

“Até dois anos atrás, a lareira convencional (a lenha) era campeã de vendas. Hoje, a procura é igual tanto pela convencional quanto pela a gás. A elétrica caiu em desuso”, garante a diretora da loja Bella Telha.

Para Maria José, a lareira a lenha constitui um sonho de consumo para muitas pessoas. Entretanto, a profissional diz que o ideal é que o projeto esteja previsto antes da construção do imóvel. – GY

Fonte: www.tudoimovel.com.br

1. INTRODUÇÃO

O conforto térmico em nossos lares é de suma importância para nosso bem estar. Para isso, a climatização do espaço deve ser pensada desde o início de seu planejamento.

A qualidade na construção é o primeiro passo para se ter uma casa confortável, do ponto de vista térmico. A inclusão de sistemas de climatização passivos no desenho da habitação, a consideração do espaço envolvente, e a escolha da melhor orientação solar, são fundamentais para se ter um espaço mais confortável, e reduzir a necessidade de utilização de aparelhos de aquecimento e arrefecimento, reduzindo o consumo de energia e, consequentemente, o de recursos ambientais.

Assim, a utilização de aparelhos ou sistemas de aquecimento deve ser considerada somente quando não se consegue atuar em termos do edifício. Nestes casos, sempre que possível, deve-se optar pela utilização de sistemas de energias renováveis que já atuem na climatização da habitação.

2. HISTÓRICO

O fogo é um bem e um mal da natureza, no entanto não é encontrado de forma natural como a água ou o solo. É preciso ter domínio sobre certas técnicas de produção bem como sua conservação. Essas técnicas levaram milênios para serem conquistadas e aprofundadas.

Os vestígios mais antigos do fogo foram encontrados no continente africano e datam de mais de um milhão de anos. No entanto, são se sabe se seu surgimento foi ocasional ou proposital. A prova mais concreta de domínio do fogo data de 460 mil anos, segundo testemunhos registrados em uma gruta no Norte da China.

A técnica de domínio e emprego do fogo constituiu um dos maiores êxitos humanos e representou um salto gigantesco no desenvolvimento das forças produtivas. Traduziu-se numa primeira grande vitória do homem sobre os elementos da Natureza e um enorme passo em frente no aperfeiçoamento dos utensílios e instrumentos de trabalho e em toda a atividade produtiva.

Aproveitando a madeira como combustível, utiliza-lo para os mais diversos fins. Como fonte de calor, o domínio do fogo completou a vida nos abrigos durante os períodos frios. A sua utilidade, neste aspecto, depende do clima das regiões. As entradas das grutas e os acampamentos ao ar livre ficaram protegidos contra o meio ambiente e os predadores.

Só com o domínio do fogo foi possível o homem suportar as temperaturas das áreas mais próximas dos pólos. A utilização do fogo exerceu grande influência no modo de vida dos habitantes. Os alimentos passaram a ser cozidos, seus abrigos aquecidos e até mesmo seus armamentos começam a ser melhores produzidos.

Como fonte de calor e de luz, o fogo pode ter constituído um centro de reunião, possibilitando o prolongamento das atividades diárias.

Objeto de mistério, de temor e de veneração, o fogo foi também origem de mitos primitivos, de motivos religiosos, de prática de magia.

3. LAREIRAS

3.1 Características Gerais

O funcionamento de uma lareira está associado a um conjunto de técnicas e cuidados com sua utilização e manutenção. Uma lareira ideal garante que a fumaça não invada o ambiente onde está implantada e nem permita perdas de calor, o que requer um bom projeto e dimensionamento adequado.

O aquecimento deve ser compatível com área do ambiente e com o número de pessoas que o freqüentam. Mas a temperatura final é determinada, na realidade, pela quantidade de lenha queimada.

A estrutura de uma lareira é composta basicamente por três partes:

Caixa / Câmara de Fogo: é a chamada boca (abertura da lareira para o ambiente), cujas dimensões serão determinadas pelo local onde será implantada. O fundo desta câmara é constituído por uma parede inclinada. Sua finalidade é empurrar as ondas de calor rumo ao piso do ambiente. Dessa foram, o ar quente – que é mais leve e tende a subir – faz aumentar a temperatura do lugar. É indispensável o uso de massa ou cimento refratário na hora do rejunte, devido à alta temperatura.

Coifa e Duto: está situada logo acima da caixa de fogo. Seu formato semelhante a um funil de ponta-cabeça detém o ar frio que tende a vir pelo ambiente externo, ao mesmo tempo em que captura a fumaça que será expelida para fora. Nessa etapa, é fundamental a garganta, uma abertura, regulável, cuja medida deve ser exatamente igual à área seccional do duto.

Segundo a proprietária da marca Fornero, Susana Fornero, o duto do em metal é mais apropriado que o em alvenaria. Por ser liso, o material não retém sujeira nem possui cantos vivos, o que facilita a saída da fumaça, enquanto a chaminé de alvenaria pode manter o excesso de fuligem - já que a determinada altura nem sempre dá para fazer um acabamento primoroso na parte interna.

A tubulação deve ter o mesmo diâmetro, da lareira até o telhado e em direção sempre reta. Se for necessário fazer um desvio, primeiro o duto precisa subir cerca de 1 m, para depois fazer a curva de 45 graus. Ainda assim são autorizados apenas dois desvios de rota na tubulação. Em uma casa térrea, a altura da chaminé deve ficar pelo menos 40 cm acima da cumeeira (ponto mais alto do telhado) ou ser mais alta quando houver interferência nas proximidades, como outras casas e árvores.

A seção da chaminé que melhor permite a exaustão de fumaça é a circular. Devido a dificuldade de sua execução poderá ser usada a forma quadrada. É totalmente desaconselhável o uso de seção retangular (ou outras formas geométricas).

3.2 LAREIRA CONVENCIONAL - FABRICADA NO LOCAL

Hoje em dia já não é uma boa opção diante de tantas outras presentes no mercado. Se não for feita por mão-de-obra especializada pode não apresentar um bom funcionamento. Não apresenta porta, portanto a segurança fica comprometida. Como não possui nenhum tipo de controle automático de acendimento e desligamento da chama (tal como acontece em lareiras a gás ou elétricas), não se pode deixar a chama acesa sem supervisão de alguém devido ao perigo de incêndio.

Se não tiver qualquer entrada de ar exterior, consume o ar existente no compartimento fazendo o mesmo ser substituído por ar vindo do exterior por baixo das portas, provocando deste modo correntes de ar frio dentro da habitação.

São uma ótima opção para aqueles que pretendem ter o ambiente aquecido sem ter que encarar uma reforma. Elas simplesmente pedem um duto para a saída da fumaça. Podem ser de dois tipos: frontal ou de canto. E os acabamos são bastante variados (aço carbono pintado, escovado ou aço inox. E também de cobre, latão, chapa naval, além de pintura eletrostática).

Esses modelos oferecem bom aquecimento por irradiar o calor através do metal. No entanto, por esfriar rapidamente, nem sempre conseguem manter uma temperatura homogênea aquecida.

Esses modelos têm alta performance de aquecimento, pois também irradiam calor pelo metal, em contrapartida, esfriam rapidamente, não se obtendo assim, uma atmosfera homogeneamente aquecida.
Visualmente, a principal diferença desses modelos é que são fechadas por um vidro resistente a altas temperaturas. Além de combater as perdas de calor, a porta impede que a fumaça e a fuligem voltem para o ambiente. Isso gera uma economia de combustível de 30% a 60%, segundo fabricantes e revendedores.

O aquecimento não se dá por irradiação, mas por convecção, isto é, o ar entra pela parte inferior da lareira, é aquecido em volta do recuperador de calor, sobe, fica armazenado na caixa e só então sai para o ambiente, oferecendo uma temperatura homogênea. O vidro quando fechado reduz 10% a 15% do calor irradiado Os cuidados com a parte da chaminé são os mesmos de uma lareira convencional.

Segundo Caio Glauco Sanches, professor da Faculdade de Engenharia Mecânica da UNICAMP, o sistema permite uma maior economia no combustível uma vez que nas lareiras abertas a energia gerada pelo calor precisa primeiro aquecer o ar frio que entra em grandes quantidades para depois aquecer o ambiente. Já no modelo fechado, a entrada de frio é controlada por um regulador. O ar entra por baixo da lareira, é aquecido na câmara de metal e volta ao ambiente através de grelhas situadas na parte superior.

"Uma lareira aberta bem construída perde cerca de 30% do calor produzido", afirma Caio Glauco Sanchez, professor da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp. "Isso se tiver isolamento térmico e bom planejamento da entrada de ar e da chaminé e se a estrutura onde fica a boca do forno não tiver contato com o lado de fora da casa."

Para ele, uma lareira aberta bem construída pode ter desempenho muito semelhante ao do de um modelo fechado. "A decisão de adotar um recuperador deve levar em conta o quanto a lareira será usada. Dependendo da freqüência de uso, não valerá a pena o alto investimento", opina Sanchez. A utilização de um recuperador é mais racional, ao permitir uma queima controlada da madeira, economizando matéria-prima e sendo superior na irradiação de calor em relação às lareiras de queima aberta.

Mesmo as lareiras clássicas podem incluir recuperadores de ar, bastando que, na altura da construção, se adapte na estrutura uma caixa de ar em chapa de aço, a partir da qual, por meio de condutas, se distribua o ar aquecido para os compartimentos contíguos.

As lareiras abertas operam com condições de temperatura muito mais baixas e sem controlo de oxigênio, pelo que produzem e emitem níveis mais elevados de dioxinas.

3.5 Lareira Elétrica

Os modelos elétricos se são bastante parecidos com os a gás, porém mais artificiais uma vez que não há queima de fogo. Tem um funcionamento mais parecido com o de aquecedores, sendo necessária, portanto, a instalação de uma tomada dentro da lareira.

"A opção elétrica tende a retirar a umidade do ambiente. Para que isso não aconteça, o ideal é deixar uma vasilha com água no local", sugere Márcio Gemignani.

O calor é produzido por resistência e transmitido para o ambiente por uma ventoinha que sopra o ar quente. Tem aquecimento menor do que o de lareiras a lenha ou a gás.

Destacam-se em relação aos demais tipos devido a sua praticidade. Não só ao uso, mas desde a sua instalação, uma vez que não requer uma lareira verdadeira para funcionar. Basta um nicho de acabamento, que pode ser em madeira, metal, alvenaria ou gesso. Uma vez que não há queima de lenha, não faz nenhum tipo de sujeira.

Sua capacidade de aquecimento está em torno de cinco mil btu's, o que é suficiente para aquecer um ambiente de 15m², com um pé direito de 2,70m.

As lareiras elétricas têm "lenhas" de fibra de cerâmica que, com a lareira acesa, parecem madeira de verdade. "Essa é a mesma fibra que reveste foguetes da NASA", garante João Paulo Odilon, da LCZ Lareiras.

3.6 LAREIRAS À GÁS

Apesar do maior consumo, a lareira a gás tem atraído cada vez mais adeptos, devido a sua praticidade e simples manutenção. Além disso, a tecnologia tem se aprimorado muito na área, através de sistemas inteligentes de acendimento a desligamento automático.

O modelo tem um funcionamento semelhante ao de um fogão. As chamas são emitidas por queimadores alimentados por gás. Já que o modelo dispensa o uso de madeira, não há produção de cinzas que precisam ser limpas mais tarde.

Assim como a lareira convencional, estas precisa ser revestida com tijolos refratários para que a alvenaria suporte o calor. A não ser que seja uma lareira toda de ferro ou aço, que são vendidas com isolantes térmicos como lã de vidro em seu revestimento.

A instalação só requer um ponto de gás, que pode ser puxado da cozinha (e passar pelo rodapé), ou alimentação por botijão, que é escondido no projeto da lareira.

As tecnologias presentes no mercado permitem inúmeras novas funções. Alguns modelos de lareiras têm sistemas que regulam o quanto devem aquecer em função da temperatura do ambiente. Há modelos que interrompem o fornecimento de gás se detecta que a chama produzido apagou.

Quanto ao consumo, lareiras a gás consomem de 200g a 1,2 kg de gás no período de uma hora, oscilando entre os diversos modelos e fabricantes.

Outro dispositivo é o chamado "ODS", cuja função é medir o nível de oxigênio do ambiente consumido na queima de gás. Segundo Elimar Kroin, assistente comercial da Dometal, ele desliga a chama da lareira se o nível do oxigênio do ambiente cair pra menos de 18%.

Através da conexão de dutos à lareira este sistema pode aquecer outros ambientes. É necessário, portanto a instalação de turbinas que ajudem o ar a percorrer essas distâncias, isso devido à densidade do ar quente, que é menor que a de quando está frio, forçando-o a subir.

O recuperador de calor pode ser instalado em novos projetos ou adaptado a lareiras existentes. Também há duas opções de combustível: gás ou lenha. O consumo a gás é maior. "Um botijão de 13 kg duraria 32 horas", calcula Susana Fornero, proprietária da Calorarte, que importa recuperadores de calor da França.

O visual que se quer dar à lareira depende da concepção do projeto. Os revestimentos que podem ser usados são muito variados. Se o estilo pretendido for mais rústico, prevalece o uso de tijolo aparente ou madeira. Para os projetos mais sofisticados, o mármore é mais indicado. Entre os mais utilizados estão o travertino e o crema marfim. Outra possibilidade mais econômica é o uso de alvenaria com pintura. A cor da lareira pode ser definida na própria massa ou até fazer uso de cores que imitam madeiras no acabamento, como cerejeira, jatobá, mogno e ipê.Independentemente do acabamento utilizado na parte externa o interior da lareira deve ser revestido por material refratário, que possa resistir a temperaturas elevadas. Alguns profissionais recomendam ainda uso de isolante térmico entre a alvenaria e o revestimento.

3.10 recuperador de CALOR

O espaço interno do revestimento com a parte superior do recuperador, formam a câmara de aquecimento, que por convecção natural e por intermédio de dutos, componentes e grelhas reguláveis, levam para outros ambientes da moradia, o calor obtido no ambiente da lareira.

Após aquecido, o recuperador consome cerca de um quilo de lenha por hora de calor, em função do controle do acesso de ar frio, regulando a queima da lenha e conseqüentemente a densidade da chama.

Há casos em que um recuperador não funciona como uma boa solução de distribuição calorífica, especialmente em habitações onde não há um bom isolamento térmico. No entanto, por mais que a distribuição não seja ideal, recomenda-se ainda assim fazer esta ligação, pois este aquecimento contribui para a renovação do ar na moradia, além de evitar problemas de umidade e mofo.

Se o recuperador estiver ligado a muitos compartimentos corre-se o risco de não se ter calor em nenhuma das divisões em tempo útil. Ou seja, se um recuperador de bom rendimento estiver ligado a duas ou três divisões logo acima do recuperador (no 1º andar) o seu aquecimento será rápido, em cerca de uma a três horas. Se as divisões a aquecer estiverem localizadas a mais de 10 metros de distância (em tubo) ou mesmo no 1º andar a grande distância, o tempo de aquecimento poderá ser de mais de três e em casos só ao fim de trinta ou mais horas se nota o aquecimento global da casa.

Seja como for, no ambiente onde a lareira estiver inserida o calor distribui-se rapidamente, exceto se suas dimensões forem exageradas, se tiver um pé direito além do convencional ou se tiver ligação direta com o hall das escadas.

Características:

Construção em caixa dupla para aquecimento por radiação e convecção.

Interior em aço inox refratário e revestimento de vermiculite para maximizar a temperatura na câmara de combustão.

Pré-aquecimento do ar de combustão assistido por ventilador, combinados com a alta temperatura da câmara de combustão, oferecem:

Redução de emissões de monóxido de carbono.

Grande redução de depósitos de alcatrão no vidro, no recuperador e na chaminé.

Mais rendimento com menos consumo de lenha.

Um ventilador silencioso colocado na retaguarda do recuperador, aumenta o fluxo e a transferência de calor enquanto promove o pré-aquecimento do ar de combustão.

Esquema de um Recuperador de Calor:

Sua fabricação é feita em aço robusto (espessura média de 4mm) resistente à corrosão (1). Os componentes em contato direto com o fogo são fabricados em aço inoxidável refratário (2), tijolos refratários ou vermiculite (3).

Possui um rendimento médio de mais de 70% do calor que por norma se perde pela chaminé. Utilizando uma caixa dupla soldada, a estrutura do recuperador permite direcionar o calor até os cantos mais recônditos do ambiente (4). O largo painel de vidro, resistente ao calor, aquece toda a área frontal do recuperador (5). O conjunto conta ainda com um sistema para a eliminação de fumaça, mantendo o vidro limpo (6 e 7).

O modelo possui um sistema de ventiladores tangenciais colocados na retaguarda (8). A sua regulação é feita por um termostato e o seu controle é feito por um interruptor camuflado.

O uso de recuperadores de calor reduz a emissão de carbono no meio garantindo ainda grande potencia calorífica e baixo consumo de lenha.

Algumas das vantagens de uma lareira equipada com um recuperador de calor são:

Eliminação de certos inconvenientes de uma lareira a "fogo aberto" (tradicional), tais como: retorno de fumaça, faíscas, cinzas, cheiro de queimado, vigilância constante, contato direto com o fogo, combustão incontrolável, baixo rendimento calorífico, etc;

Aquecimento por convecção;

Autonomia de até 10 horas;

Redução do consumo de combustível (lenha ou gás) em até 60%;

Aproveitamento do ar quente para aquecimento de outros ambientes, através de dutos.

O tipo de lenha que se utiliza também é importante. Um cuidado a ter é o de nunca utilizar lenha verde. Liberta mais fumo, cheiros desagradáveis, provoca a acumulação de creosoto em demasia e liberta resina. Esta acumula-se na chaminé e, como se sabe, é extremamente combustível.

A lenha seca de azinho, sobreiro, oliveira ou carvalho é a mais recomendada. A lenha de pinho pode também ser utilizada mas arde muito mais depressa. A lenha de figueira, essa arde ainda mais depressa que a de pinho.

3.12 Dicas e Cuidados Especiais

Em lareiras à lenha, deve-se sempre deixar o regulador de ar frio todo aberto quando a lareira é acesa, a única hora em que ela faz fumaça. Quando a brasa começar a se formar, deve-se fechar lentamente o regulador e só deixar uma fresta aberta, para o ar frio não entrar.

Lareiras à lenha devem ser acesas com gravetos ou jornal com álcool ou acendedores de lareira. Jamais com derivados do petróleo, que podem causar explosões.

Não se utiliza água para apagar o fogo em lareiras à lenha. Ele deve se apagar sozinho. As cinzas só devem ser removidas (com escovas especiais) no dia seguinte, quando as brasas já apagaram.

Não é indicado deixar crianças e produtos inflamáveis perto de lareiras.

Após longo período sem utilização, é aconselhável verificar se a chaminé está livre antes de acender a lareira a lenha. É comum surgirem gravetos ou ninhos nas chaminés.

Lareiras a gás não podem ser deslocadas, pois pode provocar vazamentos.

Toda lareira precisa de limpeza no seu interior - nas paredes e na coifa - após mil horas de uso, em média. Os fabricantes dispõem de serviços especializados.

A parede do fundo da lareira deve ser inclinada em 45º para frente para que o ar quente entre no ambiente e a fumaça suba pela chaminé.

Fonte: www.arq.ufsc.br

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